O que nos
vem à cabeça quando dizemos a palavra recordação?
Automaticamente
nos vem lembranças, momentos, pessoas e o nosso passado. Mexendo em minhas
coisas, achei minha caixa onde guardo muitas cartas. Muitas da época de
colégio, no qual, a cada término de ano, escrevíamos uns aos outros cartas de
despedidas. Era um momento de confraternização até com aqueles que passamos o
ano todo sem trocar sequer uma palavra.
Engraçado
isso. Mesmo sem nos falarmos, sem sequer saber da vida do outro, escrevíamos
para aquela pessoa desejando um bom final de ano, dizendo que gostávamos muito
dela e que queríamos revê-la na série seguinte.
Isso seria
uma falsidade sob o olhar de muitos, mas nós realmente desejávamos tudo de bom
àquela pessoa. Era sem malicia e com afeto, um momento bom para juntos
recordarmos tudo pelo que passamos naquele ano; algumas brigas, paixões,
travessuras, choros, sorrisos e, no fim, todos só queríamos aproveitar o ano,
as novas amizades e estudar.
Para muitos,
esse foi o ano de encontros e despedidas. Muitos amigos ali nunca mais vimos.
Alguns caíram na mesma turma no ano seguinte, mas não trocaram sequer uma
palavra naquele ano. Poucos estão conosco depois de tudo; passaram anos e anos
ao nosso lado. Sorriram do nosso riso e choraram nossas lágrimas, nos
levantaram quando caímos e assim seguimos juntos.
Mesmo com o fim do colégio, nos resta uma saudade enorme de tudo aquilo que vivemos e nunca mais viveremos nada parecido.
Caroline Santos
Caroline Santos
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O que achou?